(gravura de Porto Alegre em 1852)
Neste sábado, dia 26 de março de 1772, nossa capital completa 239 anos. Ainda no século XVIII, nossa

estimada cidade chamava-se Porto de Viamão. Em 1740 a área foi dada como sesmaria ao português Jerônimo de Ornelas, que já habitava a região. Assim, a localidade passou a se chamar Porto do Dorneles.
Nesta mesma época, o governo português passou a incentivar a vinda de casais açorianos para a região, com o objetivo principal de povoar o sul do país, terra de fronteiras ainda incertas, junto a terras ocupadas por espanhóis. Em 1752 chegou então a primeira leva de casais açorianos, originando mais um nome dado à localidade: Porto dos Casais. Detalhe: todas essas nomenclaturas levando a terminologia "Porto" eram em razão do porto de acesso

que havia no local, mais ou menos onde fica ainda hoje a Ponte de Pedra, no largo dos Açorianos (ou seja, local hoje de terra firme, cheio de grandes construções, mas que ainda preserva a ponte - foto ao lado).
Um pouco depois, em 1763, com a invasão da cidade de Rio Grande (então capital da província) pelos espanhóis, a sede do governo é transferida para Viamão e logo em seguida - opção estratégica, pela existência do porto - para o Porto dos Casais. Em 26 de março de 1772, a localidade é "promovida" a Freguesia, sob o nome de Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, nome em seguida alterado para Freguesia da Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre.
Algumas décadas depois, Porto Alegre receberia a alcunha de "Mui leal e valorosa"; alguém lembra por quê?
Há, enfim, uma infinidade de lugares de nossa cidade para ver/ conhecer/ curtir/ apreciar. E há muito para aprender

SOBRE ela e EM RELAÇÃO a ela. SOBRE Porto Alegre podemos aprender muito passeando por ela, pelos seus inúmeros cartões postais e pontos turísticos. Podemos aprender também (mas é bem menos divertido) muito sobre a nossa cidade pesquisando sem sair de casa, pela internet. Mas, fundamentalmente, temos muito ainda a aprender EM RELAÇÃO a cuidar/ zelar/ preservar nossa cidade. É deprimente ver o desrespeito ao patrimônio histórico e artístico da capital, expresso em pichações e depredações. É também triste ver o desrespeito em relação aos bens públicos da cidade, como prédios públicos, praças e parques. Da mesma maneira, a deterioração das relações pessoais/ sociais faz com que a capital de um povo tão hospitaleiro, receptivo, caloroso e amigo vá aos poucos se transformando em uma terra de gente fria, apressada, estressada e individualista. Muito há o que mudar em nossa postura, em relação à sociedade e também ao espaço físico, para que possamos voltar a ter o que se pode chamar de 'qualidade de vida' ou 'tranquilidade' e 'bem-estar social'. Depende de cada um de nós, não adianta esperar pelos outros...