

Guerra da Secessão - EUA: o assunto é controverso. Um dos poucos pontos de consenso é que o principal ponto de discórdia no conflito, que se arrastou de 1861 a 1865, foi a questão da escravidão. Antes do início do conflito, haviam mais escravos nos EUA do que em qualquer outro país, o valor de todos somados era maior do que todo o capital investido em bancos e indústrias em todos os EUA. Ou seja, o assunto era realmente sério e para muitos justificava uma guerra...

Tratava-se de buscar concretizar os ideais de Abraham Lincoln, de uma nação "concebida em liberdade, baseada na ideia de que todos os homens são criados iguais." De fato, até o final da guerra, 4 milhões de escravos - homens, mulheres e crianças - haviam sido libertos. Mais de 600mil soldados, porém, haviam pago com avida o preço da liberdade negra e em torno de 500mil foram feridos. Para se ter uma ideia do que isso representa, o número de mortos então no conflito correspondia a 2% da população dos EUA. Hoje isto corresponderia a 6 milhões de norte-americanos!
Os resultaados, na prática também chamam a atenção, pela eficácia (ainda mais se compararmos - se é que é possível - o processo de abolição da escravidão no Brasil - assunto de outro post, mais adiante):
- em 1865, a 13ª Emenda à Constituição aboliu oficialmente a escravidão nos EUA
- em 1868, a 14ª Emenda assegurou os mesmos direitos jurídicos a todos os cidadãos
- em 1870, a 15ª Emenda reconhecia o direito de voto aos negros
O que se cabe perguntar, perante um processo de abolição da escravidão tão eficiente é se o preconceito racial também acabou no país na mesma velocidade... (aliás, acabou?)