quarta-feira, 13 de abril de 2011

O mito e a charge

A charge abaixo mostra mostra de maneira bem crítica (como deve ser toda boa charge) a construção da aura e do mito em torno do Rei francês Luís XIV, o conhecido "Rei-Sol", um rei que construiu de maneira extremamente competente sua própria imagem, numa época em que nem se falava ainda em marketing político.


Rei da França por mais de 60 anos, e representante da dinastia de Bourbon, é o monarca que melhor representa o Absolutismo característico das monarquias europeias modernas. A ele é atribuída a frase "O Estado sou eu", personificação mais elucidativa a respeito do que é o regime absolutista. Empreendeu uma série de guerras no final do século XVII, em que conseguiu conquistar territórios do Sacro Império Romano Germânico. Depois, entre 1701 e 1714, com a geurra de sucessão espanhola, conseguiu colocar um Bourbon na Coroa daquele país. Apesar disso, a crise econômica e o déficit nas contas do governo foram constantes em seu reinado, já que a extravagância também o acompanhava (é dele a construção do suntuoso Palácio de Versalhes), além do fato de ser também um mecenas, financiando (claro que com dinheiro do governo), entre outros, Moliére e Racine.
Ainda assim, foi responsável pela mais evidente concentração de poderes nas mãos de um monarca que o velho mundo experimentou, agindo e decidindo não apenas questões abrangentes e macroestruturais, do país como um todo, como questões mais elementares e específicas (embelezamento de paisagens naturais, construção de jardins, monumentos, etc.). O corpo partiu em 1715, o mito ficou...

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