BAITA dica. E nem vou dizer que é para quem gosta de arte. Primeiro
porque não acredito que haja alguém que não goste. Segundo porque até
para é pouco entusiasmado com o assunto (como pode?) vai curtir. Terceiro, porque Arte e História andam SEMPRE de mãos dadas. A arte nada mais é do que uma representação de seu tempo/ contexto.
Seguinte: o portal Universia está colocando a cada dia uma obra de arte
para apreciação. E o melhor, com todas as características da obra,
período e contexto. De maneira clara, compreensível e didática. Grande
iniciativa, arte e cultura NUNCA são demais (no Brasil então...)
Clica AQUI, abre e faz como eu: adiciona à tua barra de favoritos para lembrar de abrir todos os dias.
O projeto começou há pouco mais de um mês, então dá para ver também, além da
obra do dia todas as outras desde o início. Já teve Frida, Van Gogh,
Bosch, Degas, Matisse, Saja, Delacroix, Renoir, etc. Cultura por todos os poros!
"História em suas mãos" tem, neste blog, no mínimo dois sentidos. Que se pretende que a compreensão desta disciplina esteja ao seu alcance, leitor, e que VOCÊ é o responsável pelo curso da História, é agente, ATIVO, do processo histórico. E "no mínimo dois sentidos", pois cada História sempre pode ser interpretada de várias maneiras possíveis!
segunda-feira, 10 de março de 2014
domingo, 2 de março de 2014
A "primavera árabe" - 3 anos
Agora no período das férias escolares completaram-se três anos do início da chamada "Primavera Árabe". Para relembrar, é um forte e crescente movimento de contestação, sobretudo social e política, iniciado na Tunísia e que depois foi se alastrando por outros países árabes - Omã, Argélia, Egito, Síria, Bahrein, Líbia, Marrocos, Iêmen e Arábia Saudita.
Tudo começou quando Tarek Bin Bouazizi, 27 anos, vendia ilegalmente suas verduras na cidade de Ben Aros (Tunísia) e teve suas mercadorias apreendidas por um fiscal do governo. Na discussão, levou um tapa no rosto de uma funcionária pública e, após tentar reaver suas mercadorias junto à prefeitura e não ter sucesso, deixou uma mensagem no Facebook para sua mãe e ateou fogo a seu corpo. Acabou falecendo no hospital, 19 dias depois. Mesmo a visita do então Presidente, o ditador Zine el-Abidine Ben Ali à família do jovem não foi suficiente para acalmar a revolta da população. Não pelo fato isolado em si, mas pelo contexto econômico (pobreza generalizada) e político (governo ditatorial) tunisiano. As queixas e protestos se espalharam pelo país, derrubando o ditador (ainda naquele mesmo mês de janeiro, após 23 anos no poder), e em seguida foram se alastrando pelos países vizinhos acima citados.
Em seguida as manifestações tomaram o Marrocos, onde foram conseguidos avanços na Constituição do país; no Egito, o ditador Hosni Mubarak foi o segundo a ser retirado do poder, após 18 dias de marchas e manifestações (muitas delas com violentos confrontos entre as tropas do governo e a população) - caía uma das ditaduras mais duradouras da região, já que Mubarak dominava com mão de ferro o Egito há 30 anos. Falando em ditadura duradoura, em fevereiro de 2011 foi a vez da Líbia. Naquele mês estourou uma prolongada guerra civil, que contou até com o apoio da OTAN, Kadhafi, após 42 anos no poder, acabou morto por manifestantes em outubro.
Ainda vieram a Arábia Saudita, com melhorias sociais; o Bahrein, onde pouco (ou nada) mudou; o Iêmen, onde o presidente Ali Abdullah Saleh, que por 33 anos governou o país, deixou o cargo após ser ferido em um atentado; e a Síria. Bom, a Síria é um capítulo à parte, já que o movimento ainda não terminou, pelo contrário: parece longe de um fim, tem um número alto de vítimas e de refugiados e está envolvendo outros países. Por isso mesmo, será aqui um capítulo à parte, voltaremos a falar dela em seguida.
O que interesse é ver a participação popular nos movimentos e buscar subsídios para ver sauas consequências. O que aconteceu depois? A situação (política, econômica, social) dos países envolvidos melhorou? O que o povo conseguiu conquistar de fato? A vida das pessoas comuns, do povo, melhorou? Boas questões para reflexão e para pesquisas...
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