segunda-feira, 10 de março de 2014

Arte - sem moderação!

BAITA dica. E nem vou dizer que é para quem gosta de arte. Primeiro porque não acredito que haja alguém que não goste. Segundo porque até para é pouco entusiasmado com o assunto (como pode?) vai curtir. Terceiro, porque Arte e História andam SEMPRE de mãos dadas. A arte nada mais é do que uma representação de seu tempo/ contexto.

Seguinte: o portal Universia está colocando a cada dia uma obra de arte para apreciação. E o melhor, com todas as características da obra, período e contexto. De maneira clara, compreensível e didática. Grande iniciativa, arte e cultura NUNCA são demais (no Brasil então...)

Clica AQUI, abre e faz como eu: adiciona à tua barra de favoritos para lembrar de abrir todos os dias. 


O projeto começou há pouco mais de um mês, então dá para ver também, além da obra do dia todas as outras desde o início. Já teve Frida, Van Gogh, Bosch, Degas, Matisse, Saja, Delacroix, Renoir, etc. Cultura por todos os poros!

domingo, 2 de março de 2014

A "primavera árabe" - 3 anos





Agora no período das férias escolares completaram-se três anos do início da chamada "Primavera Árabe". Para relembrar, é um forte e crescente movimento de contestação, sobretudo social e política, iniciado na Tunísia e que depois foi se alastrando por outros países árabes - Omã, Argélia, Egito, Síria, Bahrein, Líbia, Marrocos, Iêmen e Arábia Saudita.

Tudo começou quando Tarek Bin Bouazizi, 27 anos, vendia ilegalmente suas verduras na cidade de Ben Aros (Tunísia) e teve suas mercadorias apreendidas por um fiscal do governo. Na discussão, levou um tapa no rosto de uma funcionária pública e, após tentar reaver suas mercadorias junto à prefeitura e não ter sucesso, deixou uma mensagem no Facebook para sua mãe e ateou fogo a seu corpo. Acabou falecendo no hospital, 19 dias depois. Mesmo a visita do então Presidente, o ditador Zine el-Abidine Ben Ali à família do jovem não foi suficiente para acalmar a revolta da população. Não pelo fato isolado em si, mas pelo contexto econômico (pobreza generalizada) e político (governo ditatorial) tunisiano. As queixas e protestos se espalharam pelo país, derrubando o ditador (ainda naquele mesmo mês de janeiro, após 23 anos no poder), e em seguida foram se alastrando pelos países vizinhos acima citados.

Em seguida as manifestações tomaram o Marrocos, onde foram conseguidos avanços na Constituição do país; no Egito, o ditador Hosni Mubarak foi o segundo a ser retirado do poder, após 18 dias de marchas e manifestações (muitas delas com violentos confrontos entre as tropas do governo e a população) - caía uma das ditaduras mais duradouras da região, já que Mubarak dominava com mão de ferro o Egito há 30 anos. Falando em ditadura duradoura, em fevereiro de 2011 foi a vez da Líbia. Naquele mês estourou uma prolongada guerra civil, que contou até com o apoio da OTAN, Kadhafi, após 42 anos no poder, acabou morto por manifestantes em outubro.


Ainda vieram a Arábia Saudita, com melhorias sociais; o Bahrein, onde pouco (ou nada) mudou; o Iêmen, onde o presidente Ali Abdullah Saleh, que por 33 anos governou o país, deixou o cargo após ser ferido em um atentado; e a Síria. Bom, a Síria é um capítulo à parte, já que o movimento ainda não terminou, pelo contrário: parece longe de um fim, tem um número alto de vítimas e de refugiados e está envolvendo outros países. Por isso mesmo, será aqui um capítulo à parte, voltaremos a falar dela em seguida.

O que interesse é ver a participação popular nos movimentos e buscar subsídios para ver sauas consequências. O que aconteceu depois? A situação (política, econômica, social) dos países envolvidos melhorou? O que o povo conseguiu conquistar de fato? A vida das pessoas comuns, do povo, melhorou? Boas questões para reflexão e para pesquisas...