quarta-feira, 27 de julho de 2011

Xadrez...

O post de hoje está um pouco maior do que de costume, mas:
1. o assunto exige
2. você está de férias, então nada de desculpas!!!!

Bom, lá em março comentava por aqui o que chamei de "persistência da idiotice" (leia aqui), o grande - absurdo - número de grupos e agremiações de cunho nazi-fascista que ainda existem hoje na Europa. Naquela postagem citei alguns países, mais significativos, deixando a Noruega de fora (vou eu imaginar...). Há no país pelo menos quatro grupos/ forças políticas de extremíssima direita, com discurso e prática nazi-fascista. A questão, como se vê, não é tão simples assim. Há muito o que explorar/ ponderar a respeito. Não pretendo esgotar o assunto, mas vamos pensar um pouco sobre algumas questões.
  • o 'matador' norueguês, Anders Behring Breivik tem consciência do que fez, mas diz ter sido 'necessário'. Os europeus usavam o mesmo argumento da "missão civilizadora" para dominar, normalmente de forma violenta, a África nos tempos do Imperialismo ou Neocolonialismo (final do século XIX/ primeira metade do XX) - sabemos no que deu. Mais, tal pretexto se ouviu também no Tribunal de Nuremberg, que julgou várias lideranças nazistas. Portanto, tal argumento invocado pelo matador não é de maneira alguma inocente/ inédito/ bobo
  • há que se ter cuidado também com as ideias dele, pois muita gente defende/ comunga os mesmo ideais, basta ver o número de agremiações de tal perfil que ainda pairam pelo mundo. Mesmo muitos dos que se dizem escandalizados pelos acontecimentos da Noruega no fundo também são tão (ou mais) xenófobos, racistas e preconceituosos quanto o Breivik
  • a crise econômica se abate sobre várias e extensas áreas da Europa, há alguns anos já. Em vários países do Velho Mundo assolados pela crise econômica reapareceram e ganharam força os discursos que associam a crise, o desemprego, a violência, etc., a estrangeiros/ imigrantes, etc. Questão complicada e delicada, que não vem recebendo a devida atenção por parte dos governos e dos envolvidos
  • indiretamente, o assassino colocou o governo do país em um difícil e imbricado jogo de xadrez. O governo já anunciou que a questão será resolvida de maneira democrática,e aí vem um problema de difícil (ou impossível) resolução. Os regimes fascistas rejeitam a democracia, considerada por eles como um regime fraco, ineficiente - por isso tais regimes são totalitários. Tal questão, extrema, sendo tratada de maneira rigorosamente democrática certamente não gerará a punição que o assassino merece (a lei do país permite apenas 21 anos de detenção, a menos que o crime seja enquadrado como 'crimes contra a humanidade', que possibilita 30 anos, o que não é nada perante as dezenas de assassinatos), dando o argumento para os demais defensores/ grupos que comungam tal ideologia. Por outro lado, tratar a questão com 'mão de ferro' para garantir o desfecho ideal para o assassino, serviondo de exemplo para os demais partidários, aproximaria o governo de um totalitarismo, defendido pelos grupos... Tipo da questão sem resolução. Ou, como já diria a minha avó (que não conheci), se correr o bicho pega, se ficar o bicho come...
Enfim, o estrago causado pelo rapaz certamente não terminou na sexta-feira.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Passeio de férias!

Já pensou voltar às aulas no dia 01 de agosto dizendo que conheceu o Museu do Louvre (Paris)?



Pois clica na foto acima que terás acesso a muitas das grandes obras de arte da humanidade. Sabemos do potencial humano para a guerra, a injustiça, a violência, o preconceito, as arbitrariedades e tantas outras coisas deploráveis, vejamos um pouco do outro lado também, ou seja, do que o homem é capaz de fazer admirável!
O idioma do site é, como não poderia deixar de ser, o francês, mas pode-se, no canto superior direito, trocar para o inglês. Viaje à vontade!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Brasil entre duas ditaduras

Eis o ppt da aula de hoje. Trata do período entre a ditadura varguista do Estado Novo e a militar. Cronologicamente, abrange o período entre 1945 e 1964, período em que externamente a Guerra Fria "fervia"! O que explica muitos dos acontecimentos e desdobramentos da nossa política interna - e externa.
Enfim, aproveita aí!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Novo país

Como os leitores do História em suas mãos, sempre atentos ao mundo, já sabem, desde o último sábado, dia 9, que o mundo tem mais um país. Trata-se do Sudão do Sul (meio repetitivo, não poderia ser apenas Suldão?!!!). O que muda na região? Provavelmente nada. Muda talvez, e bastante, para o povo da região, que decidiu em plebiscito pela criação do país.

Para entendermos: o Sudão é uma herança do antigo império britânico na África, e, como a maior parte dos impérios europeus no continente, reunia em uma mesma região pessoas/ grupos/ etnias/ religiões bastante diferentes. O imperialismo europeu na África nos séculos XIX e XX foi sempre decidido/ negociado olhando-se para o mapa do continente, não para seus povos. Resultado (para falar apenas no Sudão/ Sudão do Sul, mas a regra vale para a maior parte da África): o Sudão, saariano, tem maioria da população árabe muçulmana, enquanto que o sul (o agora novo país) é uma verdadeira babel de etnias, culturas, credos e línguas.

O sul sempre se julgou oprimido pelo norte, desde a independência do Sudão, em 1956, e a guerra civil que se arrasta na região há muitos anos já dizimou mais de 1,5 milhão de pessoas. Enfim, a independência até que demorou, e teve um preço alto... Resta agora vermos como o país se desenvolve, pois em se tratando de África, as coisas não são muito fáceis. O novo país até possui reservas de petróleo, mas a maior parte da infraestrutura de beneficiamento (refino) do mesmo fica no norte (ou seja, agora em outro país...). Enfim, que possa o "ouro negro" substiuir pacificamente todo o sangue que já se derramou na região, e possa este novo povo, tão acostumado ao sofrimento, almejar dias melhores!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Onde achar


Estreamos aqui hoje uma nova seção em nosso blog. Em meio ao turbilhão absurdo de coisas que há na internet , muitas vezes fica difícil de fazer uma BOA pesquisa em História (como em outras áreas). Sem contar aquele vício de, ao digitar um assunto no google e ele abrir 2.361.094 sites, o aluno mais preguiçoso acaba clicando sempre (e muitas vezes somente) no primeiro da lista, ou também no segundo. Ambos são quase sempre a wikipédia, e aí o trabalho escolar, em meio a diversidade absurda e a todas as possibilidades da internet, acaba ficando pobre e limitado. E extremamente chato para o professor corrigir, pois acaba recebendo um monte de trabalhos iguais...
Enfim, nesta nova seção a ideia é apontar bons sites/ portais/ blogs para pesquisas diversas de História.
Para começar, um EXCELENTE portal sobre a história republicana de nosso país. Trata-se do CPDOC/FGV, ou Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas. Há uma diversidade absurda de materiais, dos mais renomados/ conceituados/ talentosos historiadores brasileiros, em textos, resenhas, teses, artigos em geral, além de um bom arquivo de imagens e vídeos, além de entrevistas (em texto ou podcast) com os peronagens de nossa história, bem como discursos, notícias, etc. E o que é mais importante: além de quantidade, muita QUALIDADE.
Enfim, para turbinar qualquer pesquisa/ trabalho, escolar ou acadêmico!!!
Faz o seguinte: acessa o portal, cria uma pasta "História" ou "Pesquisas" na guia Favoritos aí do teu navegador e aí adiciona o portal nos favoritos, nesta pasta. E com tudo mais que for indicado por aqui, ou as tuas boas descobertas na internet, faz o mesmo. Vai, assim, te munindo de bons locais para pesquisa, garantindo bons trabalhos (claro, desde que não caia na imbecilidade de "copiar e colar"!)

domingo, 3 de julho de 2011

Índio?


Filipe Camarão (1600 - 1648): índio, mas batizado e convertido ao cristianismo. Falava o latim e com grande fluência o português. É, ainda assim, índio? (aliás, o que é ser 'índio'? Será certo o termo?)

Enfim, combateu ao lado dos portugueses contra os holandeses em Pernambuco.

Maiores informações sobre ele e a época no vídeo a seguir!