quarta-feira, 30 de março de 2011

Lembrete ao 3° Ano

Lembrando aos alunos da 301, para que a atividade desta sexta-feira funcione, os seguintes textos, do capítulo de Revolução Russa, devem estar lidos:
  • O colapso do czarismo
  • A revolução menchevique
  • A revolução bolchevique
  • O governo de Josef Stálin

Dentro disto, procurem 'se ligar', destacar os seguintes termos ou acontecimentos:
Saída da 1ª Guerra Mundial, Nicolau II, Mencheviques, Bolcheviques, Fevereiro de 1917, Outubro de 1917, sovietes, comunismo de guerra, Nova Política Econômica, Lênin, Trotsky, Stálin, Planos Quinquenais e Expurgos de Moscou

'Té!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Música para pensar

Não é novidade (pelo menos não deveria ser) para ninguém que a História não trabalha sozinha. Trabalha com a Química, com a Matemática e a Estatística, com a Filosofia e a Sociologia, A Geografia, etc.
Por outro lado, várias são as linguagens que se associam à História, se aproximam dela e a usam para atingir seus fins. Crônicas e textos jornalísticos tanto explicam a História quanto se servem dela; o romance já se apropriou da História em inúmeras ocasiões; a pintura explica e traduz a História, bem como a fotografia, o vídeo e a música.
Quem diz que não gosta de História é porque ainda não a entendeu e nem percebeu o quanto ela está presente em nossa vida!
A dica de hoje é uma música do Pearl Jam, Do the evolution, devidamente legendada, para permitir o entendimento. E para proporcionar reflexões e filosofar à vontade...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dois Três Nove

(gravura de Porto Alegre em 1852)

Neste sábado, dia 26 de março de 1772, nossa capital completa 239 anos. Ainda no século XVIII, nossa estimada cidade chamava-se Porto de Viamão. Em 1740 a área foi dada como sesmaria ao português Jerônimo de Ornelas, que já habitava a região. Assim, a localidade passou a se chamar Porto do Dorneles.
Nesta mesma época, o governo português passou a incentivar a vinda de casais açorianos para a região, com o objetivo principal de povoar o sul do país, terra de fronteiras ainda incertas, junto a terras ocupadas por espanhóis. Em 1752 chegou então a primeira leva de casais açorianos, originando mais um nome dado à localidade: Porto dos Casais. Detalhe: todas essas nomenclaturas levando a terminologia "Porto" eram em razão do porto de acesso que havia no local, mais ou menos onde fica ainda hoje a Ponte de Pedra, no largo dos Açorianos (ou seja, local hoje de terra firme, cheio de grandes construções, mas que ainda preserva a ponte - foto ao lado).
Um pouco depois, em 1763, com a invasão da cidade de Rio Grande (então capital da província) pelos espanhóis, a sede do governo é transferida para Viamão e logo em seguida - opção estratégica, pela existência do porto - para o Porto dos Casais. Em 26 de março de 1772, a localidade é "promovida" a Freguesia, sob o nome de Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, nome em seguida alterado para Freguesia da Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre.

Algumas décadas depois, Porto Alegre receberia a alcunha de "Mui leal e valorosa"; alguém lembra por quê?

Há, enfim, uma infinidade de lugares de nossa cidade para ver/ conhecer/ curtir/ apreciar. E há muito para aprender SOBRE ela e EM RELAÇÃO a ela. SOBRE Porto Alegre podemos aprender muito passeando por ela, pelos seus inúmeros cartões postais e pontos turísticos. Podemos aprender também (mas é bem menos divertido) muito sobre a nossa cidade pesquisando sem sair de casa, pela internet. Mas, fundamentalmente, temos muito ainda a aprender EM RELAÇÃO a cuidar/ zelar/ preservar nossa cidade. É deprimente ver o desrespeito ao patrimônio histórico e artístico da capital, expresso em pichações e depredações. É também triste ver o desrespeito em relação aos bens públicos da cidade, como prédios públicos, praças e parques. Da mesma maneira, a deterioração das relações pessoais/ sociais faz com que a capital de um povo tão hospitaleiro, receptivo, caloroso e amigo vá aos poucos se transformando em uma terra de gente fria, apressada, estressada e individualista. Muito há o que mudar em nossa postura, em relação à sociedade e também ao espaço físico, para que possamos voltar a ter o que se pode chamar de 'qualidade de vida' ou 'tranquilidade' e 'bem-estar social'. Depende de cada um de nós, não adianta esperar pelos outros...

terça-feira, 22 de março de 2011

Antropofagia no Brasil


Para quem não conhece, Hans Staden foi um aventureiro alemão que viveu no século XVI, e viajava sem constrangimentos para onde houvesse alguma oportunidade de levar vantagens, sobretudo econômicas.
Esteve no Brasil por duas vezes, no início da colonização de nosso país pelos portugueses.
São deles alguns dos relatos mais interessantes a respeito do período, incluindo as descrições dos costumes dos nativos do território ("índios").
Algumas das passagens mais interessantes referem-se à prática antropofágica de alguns grupos tupinambás do litoral brasileiro. Estão no livro Duas viagens ao Brasil:

“Convidam os selvagens de outras tribos para que assistam à cerimônia. Logo que estão reunidos todos os que vieram de fora, o principal da aldeia dá-lhes as boas vindas e diz: ‘vinde agora e ajudai a comer o inimigo’. Os selvagens cantam então a noite toda em volta da choça do que vai morrer e o pintam. Tiram da choça o prisioneiro, que bebe com eles, e, amarrando todo seu corpo, deixam-no ficar ao lado de um monte de pedras que as mulheres jogarão nele, mostrando-lhe, com ameaças, que o pretendem comer. Fazem então uma fogueira a dois passos do homem. Um outro pega o tacape (...). Golpeia-se o prisioneiro na nuca, de modo que lhe saltam todos os miolos (...). Repartem tudo entre si. As vísceras são dadas às mulheres (...). O miolo do crânio, a língua e tudo que podem aproveitar, comem as crianças (...). Tudo isso eu vi, e assisti...”.

Então, deu fome?

Na obra ele também relata a existência de vários animais desconhecidos dos europeus, inclusive com ilustrações, bem como plantas nativas do território e outros costumes considerados pitorescos da população nativa ('indígena').

É interessante comparar este relato dele com a Carta de Pero Vaz de Caminha, com sua desrição 'suave' (mas também preconceituosa e eurocêntrica), quase romantizada a respeito dos nativos por ele (e pelo resto da expedição) encontrados. Claro, fazendo-se a ressalva de que o contexto era outro, bem como as relações entre o europeu e o nativo, absolutamente diferentes. Quer comparar? AQUI está Carta do Caminha.

domingo, 20 de março de 2011

Persistência da idiotice...

É difícil de imaginar o motivo certo; na verdade deve ser uma combinação de fatores (más aulas de História e de Ciências Humanas em geral, sociedade preconceituosa, atrofia mental, ignorância, memória curta, idiotice pura, etc.), mas o fato é que ainda existe gente que cultua os "valores" deturpados e desviados de ideologias de extrema direita, como fascismo e neonazismo. Levantamento publicado por Manoel Florentin em 1994 demonstra quantos grupos/ organizações ainda cultuavam tais imbecilidades naquele ano:
  • Na Alemanha: 34
  • Áustria: 14
  • Bélgica: 30
  • Bulgária: 7
  • Dinamarca: 6
  • Espanha: 37 (lembremos que o fascismo espanhol do ditador Francisco Franco estendeu-se até a década de 70)
  • França: 41
  • Grã-Bretanha: 28
  • Grécia: 10
  • Itália: 21
  • Rússia: 18
  • Suíça: 17
  • (além destes, foram encontrados pelo autor ainda 20 organismos internacionais deste tipo)
Hora de acordar, ler, estudar, se conscientizar para evitar - repelir - tais horrores e infâmias.
Pessoas conscientes e inteligentes descartam qualquer tipo de preconceito!

terça-feira, 15 de março de 2011

Uma sociedade organizada

As palavras a seguir são do Bispo de Canterbury, retransmitindo ensinamentos de Santo Anselmo, no século XI. Estão em A civilização do Ocidente medieval, De Jacques LeGoff (Lisboa: Estampa, 1984. Vol. III, p.10).

"(...). Desse modo [Deus] fez ordens, que instituiu em vista das diversas missões a realizar neste mundo. Instituiu uns - os clérigos e os monges - para que rezassem pelos outros e (...) sobre eles derramassem o leite da pregação e com a lã dos bons exemplos lhes inspirassem um ardente amor de Deus. Instituiu os camponeses para que eles (...) assegurassem a sua própria subsistência e a dos outros. A outros, por fim, os guerreiros, instituiu-os para que mostrassem a força na medida do necessário e para que defendessem dos inimigos (...) os que oram e os que cultivam a terra.

Vemos, assim uma das razões para que a sociedade medieval, ainda que desigual, funcionasse de maneira tão rigorosa e 'perfeita', "encaixadinha": cada grupo/ estamento ocupando seu lugar na sociedade e cumprindo à risca o seu papel. A 'ordem' medieval consolidava-se e tornava-se duradoura, pelo menos naquilo que chamamos de Alta Idade Média.

domingo, 13 de março de 2011

A imagem inteira

Como o desafio já foi desvendado, coloco aqui a foto inteira da estátua, para aprendermos a conhecer um pouco (e a valorizar, ao contrário do que fizeram os imbecis que picharam) o rico patrimônio artístico e histórico de nossa cidade.

(clicando na foto, ela fica maior e
pode-se dar mais zoom para ver melhor
os detalhes)


Vamos aos dados:
A estátua equestre de Bento Gonçalves é de autoria de Antônio Caringi, o mesmo artista que fez a estátua do Laçador e o Monumento ao Expedicionário (os arcos da redenção). Foi inaugurada em 1936, na Redenção. Cinco anos depois, em 1941, foi transferida para o local onde se encontra atualmente, a Praça Piratini (em frente ao Colégio Júlio de Castilhos).

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cavaleiro

Desafiozinho para passar o tempo. Este é fácil!


Quem é o cavaleiro da imagem acima?
O que ele fez para ganhar uma estátua?
Onde fica o tal monumento?

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval


Muito já se escreveu sobre a história do carnaval. Suas origens mais antigas remontam, segundo alguns, às festas realizadas há milhares de anos no Egito Antigo, em homenagem à deusa Ísis, sendo tais festas também comemorativas à boas colheitas. O mesmo argumento (comemoração e agradecimento por boas colheitas) é utilizado por outros historiadores para defender que o carnaval teria se originado na Grécia, por volta do século VI a.C, até que, mais tarde, os próprios gregos e os romanos teriam inserido bebidas e práticas sexuais nas comemorações - o que, séculos depois, tornaria a festa intolerável aos olhos da Igreja. Na Itália e na França, também há muitos séculos ocorrem desfiles de fantasias e de máscaras (acima, foto de máscaras de Veneza). O pierrô, a colombina e o Rei Momo, por exemplo, tão presentes no carnaval brasileiro, são de origem europeia.

O fato é que no Brasil o carnaval foi introduzido por volta do século XVII, ainda sob a forma do entrudo, que consistia em brincar de sujar os outros com o que estivesse à mão: farinha, azeite, água, limões-de-cheiro e até cal, altamente perigosa.

Somente no final do século XIX mesmo é que surgiram no Brasil os primeiros "corsos", "cordões" e blocos carnavalescos, que foram, após muitos anos, originando as primeiras escolas de samba. A primeira surgiu no Rio de Janeiro (não poderia ser diferente!!!) e se chamava Deixa Falar. Muitos anos depois transformou-se na Estácio de Sá.
Em outros lugares ainda persistiu (e persiste ainda hoje) por mais tempo o carnaval de rua, aberto, em que não é necessário pagar ingresso para assistir.

E você, costuma participar de carnaval? De que tipo? Blocos de rua? Clubes? Praia? Com fantasia ou qualquer roupa mesmo?

terça-feira, 1 de março de 2011

Justas

Em tempos de calmaria, na Idade Média, os nobres davam-se ao luxo de participar de torneios com várias modalidades de lutas. Os mais importantes, pelo espetáculo que proporcionavam aos presentes, eram conhecidos como JUSTAS. Elas ajudavam a manter o treinamento militar, a agilidade e a bravura dos oponentes. As armas eram modificadas para não se tornarem mortais de fato.
A modalidade que mais excitava os ânimos era aquela em que dois oponentes, devidamente montados, galopavam em alta velocidade um em direção ao outro, cada um deles tentando derrubar o outro com sua lança, sem cair, por sua vez, do cavalo.
Na Baixa Idade Média, as justas passaram a ser realizadas em feiras, atraindo grande público e tomando as proporções de um verdadeiro espetáculo (e, ao mesmo tempo, pela grande quantidade de pessoas que atraíam, acabaram também impulsionando os negócios na feira).

Abaixo uma interessante reconstituição deste evento. Atenção também para os trajes e a música/ instrumentos musicais da época.