sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ah, los hermanos...

Mais um general-ditador foi condenado à prisão perpétua na Argentina, por crimes cometidos contra a humanidade. Trata-se do general Reynaldo Bignone, último ditador do país, entre 1982-1983.
No ano passado Bignone já havia sido condenado a 25 anos de prisão por crimes, envolvendo, além de tortura, a privação ilegal de liberdade. Ele ainda está sendo julgado pelo desaparecimento de dezenas de bebês e crianças. A maior parte dos crimes da ditadura argentina foi cometida no Campo de Mayo, que continha quatro centros de tortura e uma maternidade clandestina para as presas políticas, que, após darem à luz, tinham seus filhos desaparecidos, muitos deles entregues à famílias colaboradoras do regime.
Mais dados: desde 2005 (data da anulação das leis de anistia na Argentina) mais de 200 chefes militares já foram condenados e em torno de 800 estão com processo de julgamento em andamento, todos por crimes cometidos durante a vigência da ditadura no país.
Apenas para lembrar: entre mortos e desaparecidos, a ditadura argentina fez mais de 30.000 vítimas no país, além do roubo de 500 crianças.
Ainda bem que los hermanos começam a fazer justiça, a mostrar que crimes (cometidos por pessoas fardadas ou não) não podem ficar impunes. O problema é se os generais daquele país resolverem fugir e se instalar em um país que ingora, tem memória curta e nada faz a respeito de criminosos fardados... O que será de nós, que já temos os nossos?

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