quarta-feira, 27 de abril de 2011

Para viajar na arte

Dica de arte para o fim de semana: abaixo segue um ppt sobre as artes plásticas no Renascimento.
Leia (são apenas dois slides de texto) e viaje nas imagens.




Gostando (difícil não gostar!), aprofunde-se, busque mais!

domingo, 24 de abril de 2011

Datação de objetos arqueológicos

Como sabemos, o trabalho arqueológico segue tem uma metodologia própria e segue várias etapas, desde a elaboração do projeto até a teorização e a socialização dos resultados. Nestas várias etapas o historiador/ arqueólogo conta com o auxílio e a colaboração de profissionais de várias outras áreas, como a Geologia, a Química, a Fotografia, a Antropologia, as Artes Plásticas, a Medicina, etc.

A datação dos fósseis/ objetos/ fontes encontradas, por exemplo, é realizada por profissionais de Química, em laboratórios especializados. Para explicar como é feita, eis a colaboração do Professor Carlos Eduardo Serapião, Professor de Química, que gentilmente descreveu o processo para ilustrar nosso blog e clarear nossas ideias a respeito:

"A datação corresponde à determinação da idade aproximada de amostras fósseis. Um método muito utilizado para esta finalidade é a determinação da radioatividade de um material em decorrência de elementos químicos instáveis na sua composição. Isto porque átomos instáveis sofrem um fenômeno chamado decaimento, que consiste em “transformar-se” em um átomo mais estável através da liberação de partículas sub-atômicas. Portanto, através desta medição, pode-se concluir há quanto tempo o material está inativo na natureza.

Para que este cálculo seja realizado, deve-se conhecer a meia-vida do átomo em questão, ou seja, o tempo que uma amostra deste átomo demora para ter metade de sua massa transformada em uma forma mais estável. Para deixar este conceito mais claro, vamos tomar como exemplo o carbono-14, utilizado para datação de materiais orgânicos. A meia-vida do carbono-14 é de aproximadamente 5700 anos. Logo, se eu guardasse 1 kg de carbono-14 na minha casa, daqui a 5700 anos eu teria apenas 500 gramas deste material; o resto teria sido degradado para formar átomos estáveis, como o de nitrogênio-14. No caso específico do carbono-14, em decorrência de sua meia-vida, fica inviável utilizar este átomo para determinar a idade de amostras que estejam inativas a um tempo inferior a 5 mil anos ou superior a 60 mil anos. Para datar fósseis com milhões de anos, pode-se utilizar o decaimento de outros elementos radioativos com meia-vida maior."

E aí, clareou?

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nova enquete

Aliás, falando em enquete, vota nesta nova, aí ao lado. Tudo está se encaminhando para a realização de um novo plebiscito sobre a questão (em 2005 já foi realizado um referendo, em que 63,94% da população votou pela não-proibição do comércio de armas e munição em nosso país). Hora, então, de discutir a respeito, com amigos, família, professores, etc. Hora de se posicionar; te manifesta, dá tua opinião!
Quer comentar ou argumentar? Usa o espaço dos comentários, aqui abaixo!!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tiradentes?


Esperava/ queria ler alguma coisa sobre o motivo de estares em casa hoje, em plena quinta-feira?
Faz o seguinte: vai mandando o blog para cima, com o scroll do teu mouse, até aparecer, à direita, a caixa azul escrito "Pesquisar este blog". Aí digita lá "Tiradentes". Te diverte!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nona enquete

Arquivando então a enquete, para ela não se perder:
Pergunta:
"No Brasil a Comissão da Verdade, encarregada de esclarecer crimes cometidos pelos militares brasileiros durante nossa ditadura, está trancada no Congresso há mais de um ano. Qual sua opinião sobre isso?"

Respostas:
  • Certo, para quê remexer em coisas do passado, só vai trazer mais sofrimentos... (20%)
  • Certo, pois os militares salvaram o Brasil (0%)
  • Errado, pois os militares não estão acima da Lei; se os "terroristas" foram perseguidos ou julgados, por que os militares não? (40%)
  • Qualquer pessoa que desrespeite os direitos humanos (usando farda ou não) deve ser julgada por seus atos (50%)

(a soma dá mais de 100% porque havia a possibilidade de votar em mais de uma resposta)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Brasil...

Continuando com a análise de charges (ótima ferramenta para entender/ criticar um momento, conjuntura histórica ou determinado assunto), eis uma a respeito do Brasil.
O que a charge do Amarildo demonstra ainda reflete, infelizmente, nosso país, e algumas regiões de maneira bem mais forte. Já houveram momentos piores, provavelmente (bem como países onde a situação foi mais grave), mas a crítica contida na charge ainda permanece atual.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ah, los hermanos...

Mais um general-ditador foi condenado à prisão perpétua na Argentina, por crimes cometidos contra a humanidade. Trata-se do general Reynaldo Bignone, último ditador do país, entre 1982-1983.
No ano passado Bignone já havia sido condenado a 25 anos de prisão por crimes, envolvendo, além de tortura, a privação ilegal de liberdade. Ele ainda está sendo julgado pelo desaparecimento de dezenas de bebês e crianças. A maior parte dos crimes da ditadura argentina foi cometida no Campo de Mayo, que continha quatro centros de tortura e uma maternidade clandestina para as presas políticas, que, após darem à luz, tinham seus filhos desaparecidos, muitos deles entregues à famílias colaboradoras do regime.
Mais dados: desde 2005 (data da anulação das leis de anistia na Argentina) mais de 200 chefes militares já foram condenados e em torno de 800 estão com processo de julgamento em andamento, todos por crimes cometidos durante a vigência da ditadura no país.
Apenas para lembrar: entre mortos e desaparecidos, a ditadura argentina fez mais de 30.000 vítimas no país, além do roubo de 500 crianças.
Ainda bem que los hermanos começam a fazer justiça, a mostrar que crimes (cometidos por pessoas fardadas ou não) não podem ficar impunes. O problema é se os generais daquele país resolverem fugir e se instalar em um país que ingora, tem memória curta e nada faz a respeito de criminosos fardados... O que será de nós, que já temos os nossos?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O mito e a charge

A charge abaixo mostra mostra de maneira bem crítica (como deve ser toda boa charge) a construção da aura e do mito em torno do Rei francês Luís XIV, o conhecido "Rei-Sol", um rei que construiu de maneira extremamente competente sua própria imagem, numa época em que nem se falava ainda em marketing político.


Rei da França por mais de 60 anos, e representante da dinastia de Bourbon, é o monarca que melhor representa o Absolutismo característico das monarquias europeias modernas. A ele é atribuída a frase "O Estado sou eu", personificação mais elucidativa a respeito do que é o regime absolutista. Empreendeu uma série de guerras no final do século XVII, em que conseguiu conquistar territórios do Sacro Império Romano Germânico. Depois, entre 1701 e 1714, com a geurra de sucessão espanhola, conseguiu colocar um Bourbon na Coroa daquele país. Apesar disso, a crise econômica e o déficit nas contas do governo foram constantes em seu reinado, já que a extravagância também o acompanhava (é dele a construção do suntuoso Palácio de Versalhes), além do fato de ser também um mecenas, financiando (claro que com dinheiro do governo), entre outros, Moliére e Racine.
Ainda assim, foi responsável pela mais evidente concentração de poderes nas mãos de um monarca que o velho mundo experimentou, agindo e decidindo não apenas questões abrangentes e macroestruturais, do país como um todo, como questões mais elementares e específicas (embelezamento de paisagens naturais, construção de jardins, monumentos, etc.). O corpo partiu em 1715, o mito ficou...

domingo, 10 de abril de 2011

Arte, propaganda, apelo e intimidação - Cartazes de Guerra

Já foi dito por aqui que a História caminha junto (é feita, refeita, estudada e compreendida) com uma infinidade de outras áreas. A arte, então, se presta muito frequente e facilmente à construção e ao estudo de História.
O post de hoje mostra como ela foi utilizada com os fins político e militar, visando a obtenção de apoio (militar, alistamento ou doações para o sustento de guerras).

Este é o primeiro, feito pela Inglaterra em 1915, buscando o apoio e o alistamento em massa da população para a Primeira Guerra Mundial:


Como uma boa ideia sempre é copiada, depois vieram os cartazes italiano


e o tão conhecido norte-americano, do Tio Sam, ambos (italiano e norte-americano) em 1917.

No Brasil ainda foram necessários 17 anos (ou um bom motivo) para a eleaboração deste tipo de cartaz. Os dois modelos foram utilizados como campanha paulista contra o governo central de Vargas, na Revolução Constitucionalista de 1932.















Como podemos ver, não se brinca em serviço. Em todos eles o protagonista está sério (na verdade, sisudo até), apelando para a consciência, o dever moral de todo bom patriota de dar sua parcela de contribuição para o bem do país, ainda que com o sacrifício do patrimônio pessoal ou mesmo da vida. Deveria ser bem difícil olhar para um cartaz desses - que parece falar, apontar diretamente para quem o observa - e ficar passivo, não ir correndo se alistar. Não fazê-lo seria se esconder, seria um ato de covardia, mas sempre haveria aquele indicador intimidatório apontando para o covarde...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Viajando na Capela Sistina

A dica de hoje é para viajar com calma pelo Renascimento e por alguns dos maiores nomes da arte mundial, como Michelângelo (pintor do teto e da parede do fundo, atrás do altar) e Botticelli.
Clicando AQUI você pode fazer um bonito tour virtual por dentro da Capela Sistina, olhando cada imagem de sua preferência, ampliando, virando, invertendo, etc. É clicar e viajar.
Por falar em Capela Sistina, vamos conhecê-la um pouco. Ela tem este nome por causa do Papa Sisto IV, que a restaurou, entre 1477 e 1480. Localiza-se no Palácio Apostólico, a residência oficial do Papa no Vaticano. Finalmente, é nela que são realizados os Conclaves (reuniões dos Cardeais para a escolha do Papa), desde o final do século XV.
Tá, agora clica lá e curte!

domingo, 3 de abril de 2011

Usando e abusando do blog!!!

Pessoal, mais uma ferramenta para ajudar a encontrar precisamente o que você precisa: rolando o blog para cima, você irá encontrar uma caixa de pesquisa que lhe ajudará a encontrar rapidamente o que procura. Abaixo do índice de assuntos e do meu perfil está a caixa de procura, usem à vontade!!! Na verdade, o próprio índice de assuntos já lhe ajuda por (como diz o nome) assunto, por tema. A caixa de pesquisa pode lhe ajudar com coisas mais específicas, diretas. Digite uma ou duas palavras-chave a respeito daquilo que você procura e aparecerão várias sugestões de pesquisa, daquilo que já foi postado no blog.

Ah, e aqui à direita já está ativa uma enquete a respeito de um assunto de nosso passado muito recente e principalmente do presente. Na Argentina mais um ex-general foi condenado à prisão perpétua por dirigir um centro de detenção e tortura em seu país durante a ditadura militar argentina, entre 1976 e 1983. No Brasil nenhum militar foi ainda condenado ou julgado por crimes e violações de direitos humanos durante nossa longa ditadura, de 1964a 1985. Coloque sua opinião a respeito do assunto, basta um clique!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Longa noite de trevas

Hoje completam-se 47 anos do infame golpe militar concluído em 1° de abril de 1964 em nosso país, às custas do então legalmente Presidente João Goulart. A data (1° de abril) já não era muito favorável e positiva para marcar um golpe, então ficou mesmo registrada a data de 31 de março.
O pretexto para o golpe era o de livrar o Brasil da ameaça vermelha (comunista). Bastante plausível, se lembrarmos que eram tempos de Guerra Fria. Mais ainda que faziam apenas 5 anos que um grupo de então jovens revolucionários tomavam o poder em Cuba, perigosamente próximo ao bastião econômico ocidental, os EUA. Plausível, não justificável.
Em nome da parceria com os EUA (ou total submissão), o Exército brasileiro (que em tese deveria defender o pavo brasileiro) foi responsável pela morte de mais de 200 pessoas (o governo havia reconhecido 245 até fevereiro de 1997) e 152 desaparecidos, cerca de 2.000 torturados e 130 exílios forçados, entre tantas outras arbitrariedades (os números estão em Operación Condor, de Luiz Cezar Mariano - Argentina, Ed. Lohlé-Lumen, 1998). Houve mesmo uma escola de tortura em nosso país, pelo refinamento (e sadismo) das práticas nefastas para se obter confissões. Isto para não falar na censura da mídia (comum a qualquer ditadura, de esquerda ou direita), bem como o terrorismo cultural, representado pelo confisco e queima de livros 'proibidos' pelos militares (sim, você já viu isto antes!) e pelos incontáveis vetos a músicas (e músicos), filmes, peças de teatro, revistas, etc. Dentro deste mesmo aspecto da censura, devemos lembrar dos professores (normalmente de ciências humanas) que, mesmo consursados e estáveis, perderam o emprego, graças a denúncias anônimas de alunos ou mesmo - prática que se tornou comum - de soldados que passaram a ser matriculados em cursos considerados suspeitos, para obterem informações mais palpáveis a respeito da ação e do discurso de determinados professores. Materiais didáticos e salas de professores também passaram por rigorosos pentes-finos da canalha de farda.
Enfim, até onde iria esta postagem se fôssemos enumerar todas as arbitrariedades da infame ditadura militar brasileira de 1964-1985?
Agora, o mais incrível é que ainda há gente, infelizmente, que acha que a ditadura foi boa, e que sente saudade dos militares...
Mais um indicativo de que a educação em nosso país não anda bem. O melhor remédio contra a falta de memória ou a ignorância é sem dúvida o estudo. estudemos mais, para que tais infâmias não caiam no esquecimento...