sexta-feira, 9 de julho de 2010

Revolução Constitucionalista


Neste mesmo dia, há 78 anos atrás, tinha início em São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932 (para quem ainda não tinha conseguido calcular!).
Naquele momento os paulistas levantavam-se em armas contra o Governo Federal.
Inconformados por terem sido retirados do poder com a Revolução de 1930, que conduziu o gaúcho Getúlio Vargas ao poder, os paulistas insurgiam-se contra as tropas nacionais, levantando a bandeira da Constitucionalização do Brasil.
Certo, o governo de Vargas, tecnicamente, era estava em desacordo com a Constituição vigente, de 1891. Certo também que tal Constituição permitia todo tipo de fraude eleitoral, que assegurava a alternância de representantes das oligarquias paulista e mineira no poder por quatro décadas. Sem a tal Revolução de 30, quanto teria de se esperar po rum lampejo de bondade da classe política nacional para por um freio em todas as falcatruas que assolavam o cenário político-eleitoral do país?
Certo também que Vargas ainda aumentou a ira dos paulistas ao nomear como interventor para o governo do estado o tenente pernambucano João Alberto.. Porém, quando do início da Revolução Constitucionalista, Vargas já havia voltado atrás e nomeado para o cargo de governador (que até então chamava-se Presidente de estado) o embaixador Pedro de Toledo, paulista e civil, como seus conterrâneos reivindicavam.
O fato é que os paulistas usaram a bandeira da Constitucionalização do país como o motivo para a revolta, argumentando que o Governo Vargas era ilegal, pois o resultado da eleição (?) de 1930 deu a vitória (?) ao paulista Júlio Prestes, que sequer chegou a assumir. Mas será que tal resultado era Legal? Devemos sempre lembrar do sistema eleitoral característico da República Velha, do voto de cabresto, das fraudes, dos eleitores fantasmas, etc.
Quando do início do movimento, também Vargas já havia promulgado a Lei Eleitoral (em fevereiro), que convocava eleições para uma Assembleia Constituinte...
Enfim, todas as supostas bandeiras de luta levantadas por São Paulo eram anacrônicas, e não conseguiam esconder a lamúria paulista representada pelo alijamento do poder...
Enquanto isso, os paulistas iam tentando conseguir a adesão de outros estados à causa, o que acabou não ocorrendo.
Iam, ainda se valendo de símbolos como esses do post para motivar a população do estado para a luta.

Mais adiante trataremos da questão dos símbolos na História, e voltaremos a falar destes cartazes. Certamente você já viu algo parecido, não?

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