segunda-feira, 30 de maio de 2011

Joana D'Arc

Há exatos 580 anos (1431) a Praça do Velho Mercado, em Ruão começava a ficar cheia de gente, mal amanhecia o dia. Às nove horas da manhã deveria começar o espetáculo que a população se acotovelava para assistir: a queima na fogueira de Joana D'arc.

Nascida em janeiro de 1412, de família de pobres camponeses, viveu apenas 19 anos, mas sua imagem e suas ações permanecem vivas no imaginário francês, na historiografia e no cinema.
Já na adolescência afirmava ouvir vozes pedindo-lhe que ajudasse a libertar a França. Eram tempos da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre seu país e a Inglaterra, que ocupava parte da França, e a jovem e analfabeta camponesa partiu para a guerra, chegando a liderar tropas com mais de 4.000 homens. Por onde passou, inflou o espírito patriótico e guerreiro de seus conterrâneos.

Em 1429 esteve presente ou comandou diversas vitórias francesas, como Orleans, Jargeau, Beaugency, Patay, Troye e Reims, onde entrou no dia 16 de julho. No dia seguinte, procedeu à coroação do Rei Carlos VII (imagem ao lado, de autoria de Jules-Eugene Lenepveu), com uma coroa improvisada, comprada a baixo preço para a cerimônia às pressas.
Depois desse momento inicia-se a queda da heroína, que será ferida em combate em setembro do mesmo ano (1429) e capturada meses depois, já em maio de 1430, pelo Duque de Luxemburgo, e entregue de presente aos ingleses. É mantida em cativeiro e julgada em um processo que se arrasta e cujo resultado era previsível.

Em 30 de maio de 1431, enfim, às nove da manhã, é queimada em praça pública.

Quase 500 anos depois, no mesmo mês de maio, mas já em 1920, torna-se Santa, canonizada pelo Papa Bento XV, sendo dedicado a ela o dia de sua morte, 30 de maio.

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