Crises por aí - I

Atualmente a França e o Reino Unido são o centro da crise que assola o Velho Mundo. A mesma que estourou há pouco tempo na Grécia. Os dados não deixam dúvidas: é estabelecido como limite para gastos governamentais, entre os países membros da União Europeia o teto de 3,5% do PIB de cada país. Só no Reino Unido este limite já foi extrapolado ao triplo: seu déficit hoje representa 10,7% do seu PIB! Como tentativa desesperada de resolver tal situação estão sendo tomadas medidas radicais. Estão sendo cortados 490 mil cargos públicos no país, além de cortes nas verbas de vários ministérios, que variam de 8 a 25%, esperando-se atingir a economia do equivalente a 130 bilhões de reais. Nas Forças Armadas serão demitidos 17.000 militares (aproximadamente 10% do contingente total do país) e 25.000 civis. Há ainda a perspectiva de se aumentar a idade mínima para a aposentadoria (a exemplo do que está acontecendo na França), de 65 para 66 anos, a partir de 2020. Óbvio que, assim como na França, tais medidas vem enfrentando forte resistência da população (sim, por lá as pessoas ainda reclamam por seus direitos, ao contrário do que acontece no Brasil, onde se aceita tudo passivamente...).
Tais situações refletem a realidade europeia: governos, empresas e famílias estão profundamente endividados. Até as verbas da Família Real inglesa estão sofrendo cortes...