terça-feira, 12 de julho de 2011

Novo país

Como os leitores do História em suas mãos, sempre atentos ao mundo, já sabem, desde o último sábado, dia 9, que o mundo tem mais um país. Trata-se do Sudão do Sul (meio repetitivo, não poderia ser apenas Suldão?!!!). O que muda na região? Provavelmente nada. Muda talvez, e bastante, para o povo da região, que decidiu em plebiscito pela criação do país.

Para entendermos: o Sudão é uma herança do antigo império britânico na África, e, como a maior parte dos impérios europeus no continente, reunia em uma mesma região pessoas/ grupos/ etnias/ religiões bastante diferentes. O imperialismo europeu na África nos séculos XIX e XX foi sempre decidido/ negociado olhando-se para o mapa do continente, não para seus povos. Resultado (para falar apenas no Sudão/ Sudão do Sul, mas a regra vale para a maior parte da África): o Sudão, saariano, tem maioria da população árabe muçulmana, enquanto que o sul (o agora novo país) é uma verdadeira babel de etnias, culturas, credos e línguas.

O sul sempre se julgou oprimido pelo norte, desde a independência do Sudão, em 1956, e a guerra civil que se arrasta na região há muitos anos já dizimou mais de 1,5 milhão de pessoas. Enfim, a independência até que demorou, e teve um preço alto... Resta agora vermos como o país se desenvolve, pois em se tratando de África, as coisas não são muito fáceis. O novo país até possui reservas de petróleo, mas a maior parte da infraestrutura de beneficiamento (refino) do mesmo fica no norte (ou seja, agora em outro país...). Enfim, que possa o "ouro negro" substiuir pacificamente todo o sangue que já se derramou na região, e possa este novo povo, tão acostumado ao sofrimento, almejar dias melhores!

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